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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pão de Adoçante, por favor.

Às vezes tenho vergonha disso, mas sou praticamente um turista dentro da minha própria cidade. Morar numa cidade abarrotada de pontos turísticos e não conhecer boa parte deles é realmente embaraçoso. Porém, nesse final de semana, um amigo meu me convidou para ir ao Pão de açúcar. Era um plano bem simples: subir o morro da Urca à pé, dar umas voltas lá por cima e descer de bondinho à noite.
Eu e Dario pegamos um ônibus e fomos de encontro aos amigos do namorado dele. O namorado dele é algo esquisito de se descrever, e seus amigos não ficam muito atrás. São pessoas meio fechadas no universo delas e não muito amigáveis. O namorado do Dario resolveu me sacanear por eu estar indo para uma trilha de calça comprida.
- É por causa da minha prótese - respondi
Nos unimos à multidão de pessoas esquisitas que eram aquelas, e começamos a subir. Era uma trilha no meio das árvores e das pedras, parecia que a qualquer momento ia sair o Predador de trás de alguma árvore ou o caçador do Bambi podia atirar em nós por engano. Depois de muito ouvir coisas como "peraí" ou "ai um bicho!", finalmente chegamos ao topo.
Eram 17 horas ou algo do tipo, e o bondinho só descia de graça a partir das 19. Tudo bem, esperar duas horas não seria problema. Mas não com aquele povo.
O irônico de você sair com pessoas que te irritam por serem caladas e fechadas, é que quando elas começam a conversar entre si, o que você mais quer é que elas voltem a ser caladas do jeito que você tava odiando. O grupo sentado numa mesa, rindo de coisas que não tinham a menor graça, enquanto ao lado repetia pela 58° vez a música do documentário que estava sendo repetido incessantemente. Ao redor, pessoas discutindo políticas, do preço disso e daquilo outro...
Só os turistas, falando freneticamente algum dos sete idiomas que ouvi nesse dia, pareciam estar aproveitando o passeio e a vista, assim como eu. E eu já estava me cansando daquelas pessoas medíocres e imbecis.
Fiquei olhando para o Pão de Açúcar do morro da Urca. Quando eu era pequeno, eu ficava me perguntando, se era de açúcar, por que não dava formiga nele? Depois de alguns anos fui descobrir que não era feito de açúcar, e mais alguns depois, nem que era feito de pão. Uma desilusão horrorosa em minha vida u.u
Chegada a hora de descer do bondinho, bate o nervosismo. E se aquela merda cair?! Eu vendo aquilo lotado de pessoas subindo e descendo sem parar, balançando pra caramba, e eu ia entrar naquilo. Quando entrei, percebi que não tinha nada demais... A vista da cidade me acalmou. Me senti mais turista ainda nesse momento. Vi aquele conjunto de luzes todos e achei que era perfeito demais para ser a cidade onde moro.
No fim do dia, peguei ônibus com meu amigo Dario, sem me despedir do resto, porque sinceramente, espero não vê-los mais.

Eu tava por aqui, ó:




sexta-feira, 3 de abril de 2009

Por onde anda Teco?

Estou eu voltando para casa, com águas de março (em abril) caindo de forma torrencial. Quando me deparo com um cartaz. Rapidamente ignoro, e continuo a andar. Me deparei com mais um, e mais outro, e mais outro. Acho que espalharam pelas ruas daqui de perto de onde eu moro de forma desesperada. Como eu sou um cara que está sensibilizado com a situação e não quero mais ver esses cartazes por aí, vou utilizar deste blog como um meio de divulgação.
No cartaz, dizia algo como "Procura-se Teco". Teco é um cachorro fofinho que o dono está muito desesperado atrás dele. Dias e noites sem dormir, a polícia de todo o Rio de Janeiro (le-se: segurança do mercadinho dali da esquina) está à caça desse singelo animal.
Veja gente, para poderem ajudar:


Não é uma coisa simpática?
Gente, é sério, ajuda!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiii


Brincando gente, não é um post sobre o Fábio Júnior, nem sobre o pai dele (o Fábio). Mas é sobre o meu. Ou melhor sobre alguns momentos com ele.
Hoje pela manhã fui até a casa do meu pai (essa frase ficou meio que "coisa de evangélico", mas beleza) e ele abre a porta completamente nu. É, peladão, com os bandangos pegando vento. Meu pai mora num prédio, ele abriu o portão do prédio como veio ao mundo. Nisso, a moça do andar de cima desce e ao chegar no portão se depara com aquele membro viril à granel.
- Sr. Alex... o que quer dizer isso ? o.o (sim, meu pai tem o mesmo nome que eu)
- Dona Rosa, sabe o que acontece.... eu tô com uma doença raríssima... não posso usar roupas, nem sair de casa... Meu filhão aqui - me puxa para me abraçar, e eu pensando "não encosta naquilo, não encosta naquilo" - me trouxe o antídoto. Acho que à partir de hoje poderei usar roupas novamente.
Dona Rosa se afasta quase como uma fugitiva, enquanto eu e meu pai seguramos uma risada e entramos na casa dele.
Entrando lá, ele começa a se arrumar, pois tínhamos que ir ao Centro da cidade. Ele volta lá do quarto rindo:
- hahaha. filho! hahahahahaha você num sabe o que eu ia hahahaha fazer agora hahahahaahahaha
- o que pai?
- eu ia passar roupa hahahahahahahaha ai né hahahahahahaha invés de pegar o ferro hahahahahah eu peguei a bicicleta hahahahahaha
- ¬¬
Nisso fomos pro consultório lá que eu teria que tirar as radiografias porque usarei aparelho (Deus, por que?!). Eu entrei, a primeira mulher que me atendeu era uma velha mal-comida. Depois de todos os processos, fui atendido por uma segunda mulher, para tirar fotos dos meus dentes. Quando eu sai de lá, meu pai disse que estava apertado e resolveu ir ao banheiro. Quando estamos saindo do consultório, meu pai fala:
- Cara, é impressionante, eu não consigo mijar na privada de banheiro público, só consigo mijar na pia.
Eu ficaria chocado se já não tivesse visto ele feito isso num shopping, quando eu era pequeno. Meu pai vai no banheiro, espera esvaziar, vai até a pia, e mija ali mesmo. Meu irmão de oito anos certa vez comentou:
- Quando eu crescer, só vou mijar na pia
Ah, os genes...
Dali fomos a um restaurante self-service (le-se: sélve-sérvi). Meu pai chama o garçom:
- Mais feio! Me vê uma Soda e uma Fanta!
O garçom foi chamado de mais feio o tempo todo enquanto estivemos lá.
Ai ai, meu pai só me traz bons exemplos...

domingo, 22 de março de 2009

Minha adorada vizinha esquisofrênica-psicótica-piromaníaca


Nessa semana que se passou agora, aconteceu algo tanto quanto inusitado. Minha vizinha, Marina, de uns tempos pra cá, vem reclamando que outros vizinhos, quase que num complô, estavam utilizando o encanamento para roubar sua água. Ela chegou até mesmo a falar que a vizinha do outro lado da rua passa uma borracha por baixo da terra, para que chegue na casa dela e surrupie um pouco de sua água. Acontece que certa manhã, ela acordou reclamando para quem quisesse ouvir, que não conseguia durmir porque o barulho que as vizinhas faziam para roubar sua água era insuportável, e elas iam pagar caro por isso.
Horas se passaram, uma estranha traquilidade pairava no ar. Então, surge Marina com uma escada na mão, sobe no telhado, taca um objeto (que não sei dizer o q era) com muito querosene e pegando fogo na casa da vizinha. E não foi só um objeto, foram vários. A vizinha (da casa em chamas) aparece completamente aturdida com a situação e olha por alguns instantes a inusitada cena completamente embasbacada. Eis que Marina, como um herói das lendas antigas, enche o peito, e grita lá de cima:
- Agora pegue a água que você roubou de mim e apague isso!
A suposta ladra-de-água-de-vizinha então pega uma máquina fotográfica (dessas bem arcaicas, que voce tira foto, e gira um negocinho em cima) e diz que vai tirar uma foto para dar para a polícia. Marina ajeita seus loucos cabelos com seus loucos dedos e faz uma pose maluca (quase que uma cocota-life-style, mas não entraremos em detalhes):
- Pode tirar, eles me amam!
Passou alguns dias, a polícia volta com uma intimação, porém ela não estava em casa. Então eles deixaram a advertência na janela dela. Quando Marina chega, ela rasga o papel com uma risada translouca e diz que essa guerra ainda não acabou. Que Deus proteja as vizinhas.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O detestável Bloco do Eu-sozinho

Começou mais uma vez o tal do carnaval. Aqui no Brasil assim, ano só começa depois da quarta-feira de cinzas. Mas nunca detestei tanto um carnaval...
Lojas fechadas, todos ativamente parados. Aqui é assim: ou você viaja, ou vai pras festas de carnaval ou fica em casa. Não gostou, azar o seu. E o azar foi meu.
Meus melhores amigos quase todos foram viajar. E desses, a grande maioria não convida, não avisa, nada. Apenas vai e pronto. Se isso já não me incomodasse o suficiente, ainda tem o fato de eu tentar namorar nesse período de "folia".
Ônibus parecem que têm preguiça de passar. Ruas desérticas. Bolso vazio. Tudo implicou para que não houvesse namoro nesse feriado. E meu afastamento com Mike, que já estava afastado, se tornou um precipício de distância. E no que isso implica? Bem, Mike me fala que se sente só, não há mais certezas dos seus sentimentos, e termina comigo. Termina, assim bem simples e fácil.

Não sei o que é uma boa noite de sono já tem um tempinho, e agora que não vou saber mesmo. Estou tão revirado com tudo que está acontecendo que nem postar direito hoje eu estou conseguindo. As lágrimas não vão tardar a cair. E acho que esse é o início de um bloco que vai demorar a passar...

E na quarta, só terão cinzas.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Tédio e carrinhos

Ir ao mercado, como todos sabem, é uma tarefa hercúlea. Entrar, encontrar o que precisa ( e na maioria das vezes o que não precisa), enfrentar fila da carne, fila do queijo, fila do caixa, e se puder (e suas varizes permitirem), sair correndo quando o locutor anunciar uma daquelas promoções relâmpagos. Ainda se tornar um grande administrador, mesmo que por breves momentos, para que sobre a grana pra você comprar o Meia Hora do dia seguinte.
Já sabendo que é algo extramamente estressante para ser feito, eu e minha prima fomos hoje ao mercado para comprar algumas coisas para minha bisavó. Sem ânimo algum, entramos no maldito mercado. Nos separamos para encontrar carrinhos. Obviamente a sádica Lady Murphy entrou em ação e demoramos séculos até cada um encontrar um carrinho.
Eu e minha prima nos encontramos na seção dos biscoitos, cada um equipado de um carrinho para si. Nossos olhos brilhavam. Aquilo tudo tava um saco, não estávamos ali porque queríamos...
Não sei dizer ao certo quantas pessoas olhavam à nossa incrivel corrida de carrinhos-de-super-mercado, só posso dizer que a disputa estava acirrada. Quando quase atropelamos a terceira velhinha (muita parecida com a Rita Lee) é que resolvemos parar e inventar algo novo para fazer.
Como cada um estava com um carrinho, minha prima começou a fazer as tais compras que eram necessárias e colocando no carrinho dela, enquanto eu colocava coisas aleatórias em meu carrinho. Minha prima me ajudou com minha compra fictícia, discutindo preços comigo (em altos brados) ou com coisas como "Tô ficando mestruada, coloca isso aí" e jogando a quantidade que conseguia carregar de absorventes (sem abas) em meu carrinho. Ficamos uma hora e meia nos divertindo com uma coisa que todos estavam fazendo, mas todos estavam com saco cheio de fazer.
Quando estiver entediado em um mercado, faça isso:
1 - Pegue um carrinho qualquer, e comece a colocar coisas avulsas lá dentro
2 - Discuta sempre com quem estiver com você o preço dessas coisas que você NÃO vai levar, e se não tiver ninguém com você, discuta consigo mesmo, mas evita chegar em algum acordo
3 - Se você for homem, é ótimo levar absorventes (sem abas, meninos, nunca esqueçam)
4 - Pergunte sempre para algum funcionário onde está algum produto, e dê preferência sempre àqueles que não estão em seu alcance, pedindo sempre ao mais próximo uma mãozinha
5 - Fila da carne e do queijo são ótimas para se passar o tempo, e encha o carrinho o máximo que puder
6 - Aproveitando a fila da carne, puxe assunto com as pessoas que estiverem atrás e à frente, e demonstre uma estranha adoração por toucinho
7 - Coloque as coisas exóticas que se encontram em um mercado, como chinelos, vassouras, lâmpadas...
8 - Faça sons automobilistícos ao carrinho, e caso alguém esbarre nele, chegue perto e diga "ele não fez por mal", acariceando-o
9 - Pegue coisas de outros carrinhos e ponha no seu ( e vice-versa)
10 - Abandone o carrinho em qualquer lugar

Voilà! Vença o tédio por ele mesmo.